Filme M, da realizadora Anne Erickson – Festival de Cinema Europeu, Novembro 2018
Acompanhar o percurso dos nossos amigos/artistas com quem trabalhamos é sempre muito inspirador. Desta vez, a viagem foi até à maravilhosa Sevilha, ao Festival de Cinema Europeu que decorreu entre os dias 9-17 de Novembro em vários locais da cidade.
O objectivo era assistirmos à apresentação do filme “M”, da criativa e extraordinária finlandesa Anne Erickson (cantora, actriz, realizadora e pro…dutora), a grande senhora à frente desta produção, um longo processo de cinco anos de criação.
Destaco igualmente o importante papel de Matti Pyykkö (finlandês, artista plástico, operador de câmara, produtor e realizador), Petri Salo, (finlandês, artista plástico, actor, operador de câmara, produtor e realizador), Axel Sutinen, (finlandês, actor, artista plástico, operador de câmara, produtor e realizador) e Quim-Zé Grilo (artista plástico, actor, um dos portugueses da Nazaré, a participar no filme M).
Partilhar o festival com todos eles foi um orgulho e fez com que a minha aprendizagem como criadora e como ser humano se tornasse mais rica.
M é um filme incómodo, arrebatador, inspirador, mágico que nos fala de amor, de sexo, da vida, da morte…é um diferente modo de fazer cinema, com uma enorme qualidade sonora e fotográfica, ao nível da exigência dos grandes responsáveis pela produção. Filmado na Nazaré, entre a praia e a Pedreneira, o filme revela também a grande riqueza deste local mágico português. Envolve vários portugueses e estrangeiros, alguns são artistas de renome internacional, outros são pessoas comuns.
Apesar de ser a 15ª edição, o festival revelou algumas falhas de organização, ao nível de horários e de comunicação, mas não deixou de ser uma excelente e rica experiência de aprendizagem e de contactos.
No dia da Gala, sábado 17, a entrega de prémios teve lugar no lindíssimo Teatro Lope de Vega, que tem um estilo barroco revivalista. Foi construído para a Exposição Ibero-Americana de 1929 em Sevilha, no mesmo espaço do Casino/ Exposições.
Como portuguesa, tive muito orgulho em ver dois filmes nacionais a serem premiados neste festival: “Raiva”, de Sérgio Tréfaut, foi distinguido com o Prémio de Contribuição Artística à Linguagem Cinematográfica e o melhor Filme da Nova Vaga_Não Ficção foi para Salomé Lamas com o filme “Extinção”.